quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ABRINDO E FECHANDO JANELAS E PORTAS

  
Hungarian Provence

Quantas riquezas como essas passam diante de nossos olhos diariamente?
A lida diária não nos permite contemplar o belo, aplaudir os detalhes e nem mesmo suspirar diante de conjuntos harmoniosos como esse acima.

 Pays de Merveilles

Sofremos dos males da modernidade...Essas sutilezas estão ficando para aqueles poucos que conseguem sair às ruas conferindo o que restou do passado. Podemos imaginar os pensamentos que passaram pela cabeça da crocheteira enquanto tecia essa preciosa cortininha?

Côte Maison

Fiz parte dessa massa em ritmo frenético e hoje lamento quantas imagens deixei de captar...quantos momentos perdidos...
Hungarian Provence

Aqui, agora, uma confissão de alma: Em meu passado de menina, adolescente, vivi em meio à essas preciosidades e jamais dei o devido valor. Quando somos jovens só o modismo nos encanta. Odiava pé direito alto; portas com bandeiras ou mesmo as almofadadas e quanto às janelas que levavam as vidraças na parte externa? eram démodé demais;  os ladrinhos hidráulicos da copa-cozinha de vovó que mais pareciam um tabuleiro de xadrez em preto e branco e que diariamente me apresentavam a mesma cena: ela de joelhos limpando tudo após o almoço com sapólio em pedra!

Hungarian Provence

As janelas balcão, tão decorativas teriam sido testemunhas de quantas serenatas? 


Aqui você pode  conferir mais imagens daquele tempo; acima, a janela balcão em que me debrucei centenas de vezes...as vidraças na parte externa das janelas...

Pallauch Deco

Internet

Pois é gente..que memórias nossos filhos levarão? Sou feliz mesmo! isso é certo!
Admirar com grandiosidade tudo aquilo que a vida me permitiu viver, reter para hoje saborear é presente celestial. Eu cheguei até aqui, enquanto muitos não tem histórias para contar pois se perderam no mundo...
Desculpem o saudosismo e hoje nem é sexta feira!

6 comentários:

  1. Marya Maryah, eu quero uma dessas para mim. São lindas. Beijos.

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  2. Querida amiga, que bom poder ter vivido em um lugar tao lindo, que bela casa a de vcs. Seus pais não moram mais nela né ?
    Mesmo assim lindas recordações vc tem e poderá deixar para seus netos.
    Fugindo um pouco da proposta do seu post mas que me fez relembrar a minha própria infância, eu não tive casas assim em minha vida , ou em minha família, meus avós maternos eram pobres e moravam em casinhas muito simples ,mas ainda lembro da casinha, do forno a lenha, do paiol ao fundo da casa , das janelas, varandas, da árvore de flores vermelhas que minha avó amava , do tanque daqueles bem grandões que nos divertiam pq tomávamos banho nele fazendo como se fosse uma piscininha kkk, ah e tb dos perfumes de minha tia que eu amava bisbilhotar enquanto ela trabalhava.Lembro do barulho do trem que cortava a cidade e passava ao lado da casa de minha avó. Como eles moravam em SC, eu só os via uma vez por ano, e como toda criança ficava maravilhada em mexer em tdo. Já na casa da Avó paterna eu me divertia com em mexer no rádio antigo,no paneleiro que quando bem pequena adorava jogar tdo no chão e minha avó ficava furiosa, nos crochés de minha tia que morava com a vó, com o moedor de café, fogão a lenha, arroz doce, e tb dos janelões e camas de ferro.
    Puxa que boas lembranças e que saudades vc me fez sentir agora ao te imaginar naquela janela de sua casa.
    Ainda tenho o hábito de ao andar pelas ruas observar esses detalhes nas casas e as flores, vasos de flores e construções antigas.
    Doces lembranças.
    Obrigada por lembrar isso tdo assim de manhã rsss
    Bjs
    Leila

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  3. Querida Dolly , ...voltei !!
    Revi meus parentes queridos do sul e estão todos bem o que me alegra e conforta a alma !
    Visitar o seu blog hoje e ver essas postagens me emociona , pois também tenho muitas saudades dos meus avós(descendentes de poloneses , portugueses e franceses ).
    Quero parabenizar o seu avô Francisco que na época era um maravilhoso arquiteto e com certeza , hoje também seria , pois essas construções são de raríssima beleza !!
    E essas janelinhas floridas muito lindinhas !

    Beijos e feliz em estar aqui...!!

    Silvana

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  4. oi Amiga

    Que maravilhosa postagem.
    Como é que na juventude só gostamos de modernidades pra depois amar o antigo??
    Bem a gente vive pra aprender...Lembro dessa postagem do seu avô!!!

    bjo amada, estou quebrada depois da faxina, mas valeu a pena..rs

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  5. Oi,Dolly!
    Como vai,minha doce amiga? Perdoe pela minha ausência desses dias...Eu estive com algum problema no programa do meu notebook, que me impedia o acesso à alguns blogs amigos... E com o teu blog aconteceu isto também. Parece agora que tudo voltou ao normal, e eu corri aqui pra te visitar. Vi as tuas postagens anteriores e vou ler ainda com atenção as tuas postagens mais atuais.
    E fiquei encantada com esta postagem aqui, em que você espalha beleza, saudades e poesia,por entre as belas portas,janelas e sacadas da vida... Muito lindo,minha amiga!
    Como num suave espelho,me vi muito no teu sensível relato sobre as impressões da juventude...É verdade,quando somos muito jovens parece que os nossos olhos estão meio fechados para a beleza dos pequenos detalhes da existência... Lembro sempre daquela antiga música do Belchior, "Paralelas" que sabiamente diz "Como é perversa a juventude do meu coração,que só entende o que é cruel,o que é paixão..." Assim, somos todos nós, no caminhar intenso da mocidade,humanos movidos por aparentes paixões e novidades... Mas o tempo é escola da vida, e quem sabe escutá-lo, aprende a descobrir a beleza escondida em cada grão de areia do universo...
    Lindas imagens e uma maravilhosa reflexão!
    Beijo grande no teu coração!
    Teresa
    ("Se essa lua fosse minha")

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  6. Essa porta e janela no tom rosa, está um charme e a última foto tbm amei!

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